quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Alheamento


morrer
como as palavras
à sombra do silêncio

como a carroça 
no asfalto, teimar
em errar o tempo

seguir alheio entre as gentes
qual fantasia de brincante
às cinzas do 
carnaval

e me pegar contente
deslumbrado
ante essa vida tão 
banal

*Imagem: El perro (1819-1823), de Francisco de Goya.


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