terça-feira, 14 de junho de 2011

OPVS HOMINI



Minha alma
É um claustro
Sem deus
Sem hábito
Mas o cilício,
Esse maldito cão raivoso,
Não me quer largar.


* Imagem: Philosopher reading (1631), de Rembrandt Harmenszoon van Rijn



6 comentários:

  1. Cara, fazia tempo que não vinha por aqui! Tava dando uma olhada nos teus textos. Muito bom cara!

    ResponderExcluir
  2. Pois é, mah... fazia um tempo tb q eu não vinha aqui! rsrsrsrs Essa "vita maledetta" não me deixa gozar tanto qnto eu queria, cara. É fods.

    Ei, to c saudade de tu (por incrível q pareça!) rsrsrs

    ResponderExcluir
  3. Poxa Natan, muito obrigado meu caro!!!

    Você respondeu um questionamento que há muito me inquietava...

    Então é assim?! Independente da interação com deuses ou homens e da ausência de hábitos para a manutenção da mesma o cilício estará sempre íntimo a mim???

    Put’is... Fudeu!!!

    Continuarei inquieto. rsrsrs

    ResponderExcluir
  4. Léo, meu querido, não sei quais são os seus cilícios, mas os meus ainda estão incrustrados muito profundamente. São resquícios de minha criação cristã, burguesa, capitalista, limpa... Eu luto cotidianamente para tirá-los e ainda não perdi a esperança. Só sei que eles me fazem mal, muito mal.

    Sigamos inquietos, companheiro. Sigamos inquietos!

    ResponderExcluir
  5. Meu Deus... se no Brasil, tudo vira pizza, com esses dois aqui tudo vira declaração de amor!!!!

    Ai ai... um pouquinho disso bem que não faz mal mesmo não...

    Mas quanto ao cilício... esse aí meu velho, acredito que não sai de jeito nenhum. Estão entranhados pela criação, cultura, formação de cada um como pessoa, indivíduo, cidadão... Não há como livrar por inteiro, afinal, não estamos alheios completamente ao que nos cerca.

    Eu vou fazer 30 anos de cilício sendo depositado a conta-gotas em minha carne!!! rsss

    Muito bom Natan... Adorei tua poesia.

    Essa é para vc:

    Aborto Espontaneamente Provocado

    Quando nasci,
    me deram um nome,
    esse e não outro.
    Me deram roupas,
    essas e não aquelas.
    Me deram uma formação,
    essa e não a de lá.
    Me deram conceitos, valores, moral,
    esses e jamais qualquer outros.
    Me deram papéis, função,
    projetos e ilusão.
    Me deram a liberdade de ir e vir...
    Pra qualquer lugar que eles quisessem.
    Ninguém me deu vida.
    Foi quando morri.

    ResponderExcluir
  6. Netinha querida da minha vida, demorei a responder teu comentário, mas n foi por mal... sempre q vinha reponder lia a poesia q vc deixou e, gozando, não conseguia mais pensar em nada pra escrever. Hj, porém, fui forte! Essa sua poesia é um espetáculo, querida. Muito obrigado.

    E qnto ao cilício, que em vc é depositado a conta-gotas, o que dizer? Ando tão sem esperança, baby. Mas ainda com uma leve esperança de tê-la, pelo menos ela, outra vez.

    Um beijo pra vc, linda. Um beijo triste, claro, mas doce.

    ResponderExcluir