Em noite adentro, madrugada afora
Os teus sentidos lânguidos me chamam
E vou-me inebriado, sem demora,
Fazer dos seios teus a minha cama.
A cama esquenta, amor, é fervorosa
Fogueira de nossa amarga inquisição
Purgando os erros, nossas vidas tortas
- Vai-te às chamas, vil passado sem paixão!
E, plácido, te cubro com meus beijos
Acalmo o tremor de tua pele nua
Que grita aos quatro cantos - Eu sou tua!
Qual flor despetalada de desejo...
E Deus nos olha como quem aprova
E o céu se abre e o nosso corpo goza.
* Imagem: Noz do Éden, de Vladimir Kush
Rio de Janeiro, 23 de maio de 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário